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Economia estagnada da zona euro pressionada pelo mal-estar alemão

Introdução

A economia da zona euro sofreu estagnação no ano passado, principalmente devido a uma recessão industrial na Alemanha, a antiga potência económica da região, de acordo com dados recentes. Embora a zona euro tenha evitado por pouco uma recessão total no último trimestre de 2023, os Estados Unidos, o seu maior parceiro comercial, apresentaram um crescimento impressionante. Fatores geopolíticos perturbaram o modelo de negócios da Alemanha, que dependia fortemente da energia barata da Rússia e do comércio intensivo com a China. A economia da Alemanha contraiu 0,3% nos últimos três meses de 2023, contribuindo para a estabilidade da produção em todo o bloco.

lentidão prolongada e perspectivas desafiadoras

Isto marcou o sexto trimestre consecutivo de crescimento limitado ou inexistente na zona euro. Diego Iscaro, Diretor de Economia Europeia da S&P Global Market Intelligence, alertou que as perspectivas para 2024 continuam desafiadoras devido à queda na demanda e à escalada das tensões geopolíticas. Em total contraste, os Estados Unidos ignoraram as previsões de recessão e alcançaram uma taxa de crescimento de 2,5% no ano anterior. O Eurostat não forneceu um valor anual para toda a zona euro, uma vez que o relatório pode sofrer revisões, especialmente no que diz respeito à produção irlandesa. No entanto, espera-se que o valor anual fique apenas ligeiramente acima de zero.

Inflação, greves e economia

O ano começou com uma série de greves e protestos motivados por preocupações com a inflação, incluindo manifestações de agricultores na Alemanha e em França que se opunham à redução gradual dos subsídios da União Europeia. À medida que a inflação começa a diminuir, espera-se que os trabalhadores recuperem algum poder de compra durante o ano em curso. No entanto, Christoph Weil, economista do Commerzbank (ETR:CBKG), acredita que isto pode não ser suficiente e prevê que é improvável uma recuperação significativa no resto do ano. Weil também observa que, devido à inflação persistentemente elevada, é pouco provável que o Banco Central Europeu (BCE) reduza as suas taxas diretoras antes do verão, o que atrasará qualquer impacto positivo na economia até 2025.


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