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Japão corta gastos pela primeira vez em 12 anos enquanto Banco Central contempla mudança de política

Plano fiscal reflete dependência da dívida e aumento dos custos de empréstimos

Um aspecto significativo do plano fiscal é a dependência estimada da dívida, que representa 31,2% do orçamento. Isto significa que as novas vendas de obrigações constituem um terço do financiamento orçamental total. Com taxas de juro extremamente baixas prevalecendo durante mais de duas décadas, a disciplina orçamental enfraqueceu, levando a uma dívida pública crescente que é mais do dobro do tamanho da economia do Japão.

Numa tentativa de resolver esta questão, o governo incluiu taxas de juro mais elevadas no plano orçamental para o próximo ano fiscal, marcando o primeiro aumento em 17 anos. A suposição de taxas mais altas, de 1,9% em comparação com os atuais 1,1%, resultará em um aumento adicional nos custos do serviço da dívida, atingindo 27 trilhões de ienes no ano fiscal de 2024/25, um aumento de 7% em relação ao ano atual.

Desafios futuros para alcançar metas fiscais

Apesar destas medidas, os analistas estão cépticos quanto à capacidade do Japão de atingir o seu objectivo de um saldo orçamental primário positivo até ao final de Março de 2026, excluindo novas vendas de obrigações e custos do serviço da dívida. Os especialistas sublinham a importância de apresentar um plano credível para restaurar as finanças públicas do país, mesmo que isso signifique atrasar a meta. Takuya Hoshino, economista sênior do Dai-ichi Life Research Institute, sugere que a meta do equilíbrio orçamentário primário pode precisar ser adiada.

Concluindo, o orçamento fiscal do Japão para 2024/25 reflete o objetivo do país de enfrentar os seus desafios fiscais, com uma redução nas despesas globais e um aumento nos custos dos empréstimos. À medida que a economia evolui, será crucial que o Japão implemente estratégias eficazes para restaurar a sua saúde fiscal e gerir o peso substancial da sua dívida pública.


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