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Banco Central do Brasil mantém ritmo de flexibilização apesar da inflação mais baixa e promete mais cortes nas taxas

Expectativas de inflação e cortes nas taxas

O banco central do Brasil enfatizou o seu compromisso em manter um ritmo de flexibilização nas futuras reuniões de política, apesar das recentes surpresas descendentes na inflação actual. Embora a inflação no trimestre encerrado em novembro tenha ficado 40 pontos base abaixo do esperado, o banco central afirmou que as expectativas para os próximos anos permanecem acima da meta oficial. Economistas privados consultados pelo banco central antecipam uma inflação de 3,93% no próximo ano, com expectativas de 3,5% para 2025 e 2026. Em resposta, os decisores políticos reiteraram o seu plano para cortes adicionais de 50 pontos base nas taxas de juro nas próximas reuniões de fixação de taxas, citando a necessidade de uma política monetária contracionista para apoiar o processo desinflacionário.

Previsões sobre o crescimento económico e as contas externas

O banco central reviu ligeiramente a sua previsão de crescimento económico para este ano para 3,0%, face à estimativa anterior de 2,9% em Setembro. Contudo, as perspectivas para o crescimento do próximo ano diminuíram para 1,7%, face aos 1,8% anteriormente projectados. Os decisores políticos antecipam uma moderação no consumo das famílias e um ressurgimento dos investimentos, mantendo ao mesmo tempo um equilíbrio favorável nas contas externas. O défice projectado da balança corrente deverá aumentar para 35 mil milhões de dólares em 2024, contra 26 mil milhões de dólares em 2023, devido a um excedente comercial menor. O banco central espera que a balança comercial permaneça positiva em 73 mil milhões de dólares no próximo ano, abaixo dos 79 mil milhões de dólares do ano corrente.

Previsões de empréstimos bancários

O banco central também previu um aumento de 8,8% nos empréstimos bancários para 2024, acelerando face à expansão estimada de 6,8% para o ano em curso. Esta projeção indica um crescimento potencial na atividade de crédito para o próximo ano. Ao aderir a uma perspectiva estável para os seus passos futuros, apesar das expectativas de alguns economistas de maiores cortes nas taxas, o banco central do Brasil pretende encontrar um equilíbrio entre abordar as preocupações com a inflação local e navegar no cenário económico global em evolução.


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