Escalar a produção: uma tarefa difícil para a Tesla
Agora a Tesla enfrenta o enorme desafio de aumentar a produção – uma tarefa com a qual o fabricante de automóveis elétricos tem historicamente lutado. Descrevendo a situação, John Voelcker, editor colaborador da revista Car and Driver, afirma: “E este é, de certa forma, um experimento realmente gigante”.
Em entrevista ao Top Gear, Lars Moravy, vice-presidente de engenharia de veículos da Tesla, divulgou que a empresa teve que desenvolver uma técnica de fabricação única conhecida como “dobragem de ar”. Este processo molda o aço usando alta pressão de ar sem contato físico com a superfície. No entanto, a espessura do aço e o design angular plano acrescentaram ainda mais complexidade, especialmente em termos de produção em massa.
Mike Ramsey, vice-presidente da equipe automotiva e de transporte do Gartner, explica: “Aço inoxidável… quando você o corta, todos os erros basicamente aparecem. Quando você tem uma superfície plana como essa, é muito difícil esconder erros.”
Em um e-mail enviado no final de agosto aos funcionários da Tesla, Elon Musk enfatizou o desafio de garantir a precisão no processo de fabricação do Cybertruck, devido à sua composição metálica brilhante e, em sua maioria, bordas retas. Musk afirmou: “qualquer variação dimensional aparece como uma dor no polegar”, ressaltando a necessidade de todas as peças do veículo serem projetadas e construídas com notável precisão, até níveis abaixo de 10 mícrons.
Durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre da Tesla, Musk administrou as expectativas em relação ao cronograma de produção do Cybertruck. Ele advertiu: “Quero enfatizar que haverá enormes desafios para atingir o volume com o Cybertruck” e sugeriu que levará pelo menos um ano ou mais para que o veículo faça uma “contribuição positiva significativa para o fluxo de caixa”. p>