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Qual empresa de IA — Alphabet ou Microsoft — prevalecerá?

O anúncio desta semana da Microsoft (MSFT -0,20%) de que incorporará o inovador chatbot de inteligência artificial (IA) da Open AI em seu mecanismo de pesquisa Bing foi um tiro significativo. A Alphabet (GOOG -0,63%) (GOOGL -0,46%), empresa controladora do Google e líder de mercado em buscas, respondeu anunciando o lançamento do Bard, um chatbot concorrente, que estaria disponível para os clientes nos próximos meses. Para ajudar a produzir resultados textuais incrivelmente semelhantes aos humanos que são o próximo estágio na tecnologia de mecanismos de pesquisa, ambas as tecnologias de IA são treinadas em bilhões e bilhões de entradas de dados.

As empresas chinesas Baidu e Alibaba também são concorrentes; ambos anunciaram a criação de chatbots de IA. No entanto, o foco desta peça será nos rivais americanos e no que esses novos chatbots podem acarretar para esses dois negócios americanos.

Microsoft: um investimento inteligente e um esforço pioneiro

Para quem não sabe, o Bing é a versão da Microsoft do segundo mecanismo de busca mais popular do mundo. O Bing, no entanto, tem apenas uma participação de mercado estimada em 3% de toda a indústria de mecanismos de busca em geral, com quase nenhuma participação de mercado em dispositivos móveis e menos de 10% em PCs. Com uma participação de mercado estimada em 93%, o Google basicamente controla o setor.

Com sua mais recente integração com o ChatGPT, o sofisticado chatbot de aprendizado de idiomas de uma startup chamada OpenAI, a Microsoft espera reverter essa concorrência desleal. A Microsoft revelou uma conexão em que os usuários do Bing e do Microsoft Edge (seu navegador da Internet redesenhado) podem realizar consultas ao ChatGPT, além das pesquisas convencionais. A Microsoft fez um enorme investimento de US$ 10 bilhões na empresa. O ChatGPT se tornou o serviço de Internet de crescimento mais rápido da história, depois de adquirir 100 milhões de usuários apenas dois meses após seu início.

Os preços das ações da Microsoft aumentaram quase 5% como resultado desta notícia, com o CEO Satya Nadella declarando que “a corrida começa hoje” em referência à nova rivalidade da empresa com o Google.

Alphabet: aquisição anterior e usuários de longa data

Embora a Microsoft tenha atacado primeiro, a Alphabet deixou claro que não será derrotada facilmente. Mais de 4 bilhões de pessoas usam regularmente a Pesquisa Google, juntamente com outros serviços gratuitos do Google, como Gmail, Google Drive, Google Agenda e Google Pay. A Microsoft achará muito desafiador mudar esses comportamentos do cliente, especialmente se o chatbot Bard do Google puder fornecer resultados comparáveis ​​ao ChatGPT.

A principal organização de pesquisa de IA do mundo é a DeepMind, que cria ferramentas para uma variedade de usos, incluindo entretenimento (como seu produto AlphaGo, que derrotou jogadores especialistas em Go) e cientificamente inovador (como AlphaFold), que usa IA para prever mais de 200 milhões de estruturas de proteínas para o mercado de biociências).

Isso fornece um excelente ponto de partida, pois tenta competir com os novos recursos do Bing, do meu ponto de vista externo.

Então, quem triunfará?

A Microsoft está tentando recuperar algum domínio do mercado em busca de um motivo muito direto: dinheiro. A indústria mais lucrativa da história, a Pesquisa do Google gerou quase US$ 42 bilhões em vendas de alta margem apenas no último trimestre. A Microsoft poderia aumentar significativamente seus US$ 83 bilhões em ganhos operacionais, mesmo que simplesmente roubasse uma pequena parte da indústria de buscas do Google. Por outro lado, a Pesquisa do Google é responsável pela maior parte dos US$ 75 bilhões em ganhos operacionais anuais da Alphabet, de modo que a empresa fará um tremendo esforço para proteger seu domínio de mercado.

Ainda não se sabe quem prevalecerá na competição entre o mecanismo de busca redesenhado e o chatbot de IA. A Alphabet/Google, no entanto, não deve ser descartada devido à sua participação de mercado substancial e à proficiência da DeepMind em IA. Devido aos relacionamentos de longa data que os clientes desenvolveram com a Alphabet e sua pronta resposta à nova colaboração da Microsoft, tenho um forte pressentimento de que a Alphabet prevalecerá. Será interessante observar como essa luta pelo domínio dos mecanismos de busca se desenvolverá nos próximos cinco a dez anos, independentemente do resultado.


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