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Boeing se esforça para cumprir promessas enquanto a FAA limita a produção

O escrutínio do controle de qualidade se intensifica

Como parte do anúncio da FAA, os procedimentos de inspeção e manutenção do Max 9 foram aprovados, mas a agência não especificou quando suspenderia a pausa nos aumentos de produção. Mike Whitaker, administrador da FAA, afirmou que a expansão da produção ou aprovação de linhas de produção adicionais para o 737 Max só ocorreria quando eles estivessem satisfeitos com a resolução dos problemas de controle de qualidade.

Metas de produção impactadas

Os planos de produção da Boeing para os aviões 737 sofreram reveses devido a vários fatores. Em 2023, a empresa produzia em média cerca de 32 aviões por mês, com o objetivo de aumentar esse número para 38 até ao final do ano anterior. A meta era então atingir 42 aviões por mês em 2024 e cerca de 50 por mês em 2025.

Companhias aéreas ajustando planos de frota

A decisão da FAA de limitar a produção levou muitas companhias aéreas a reavaliar os seus planos de frota. Embora alguns executivos recebam com satisfação esta medida, uma vez que garante melhor qualidade e aborda questões de segurança, são necessários ajustes devido aos calendários de entrega revistos. A Southwest Airlines, por exemplo, decidiu reduzir o número de entregas de aeronaves Boeing 737 MAX que espera e eliminou qualquer expectativa de receber os jatos Max 7 em 2024.

No entanto, o impacto total das restrições da FAA e dos ajustes das companhias aéreas permanece incerto. Alguns analistas sugerem que os investidores já tinham considerado um período mais longo com a taxa de produção de 38 aviões, antecipando estabilidade e aumento de qualidade. A Ryanair, uma companhia aérea europeia de baixo custo, foi assegurada pela Boeing que a atual limitação de produção mensal não levará a mais atrasos nas suas entregas para os horários de verão de 2024 e 2025.

Desafios na produção e na força de trabalho

A Boeing não só enfrenta obstáculos na produção devido a preocupações de controle de qualidade, mas também luta para aumentar a produção devido à escassez de mão de obra. A pandemia levou a despedimentos, reformas e demissões, tornando difícil a substituição de trabalhadores qualificados. Encontrar e treinar novos trabalhadores é demorado. A série Max, que inclui Max 8, Max 9, Max 7 e Max 10, tem dois modelos em produção e dois aguardando certificação FAA.

Companhias aéreas enfrentam custos adicionais

Os atrasos na produção e na segurança na Boeing têm implicações mais amplas para as companhias aéreas. Atrasos nas entregas de novas aeronaves forçam as companhias aéreas a depender de aviões mais antigos e menos eficientes em termos de combustível, resultando em aumento das despesas com combustível. Além disso, novos acordos trabalhistas concedem aumentos a pilotos, comissários de bordo, mecânicos e outros trabalhadores. Consequentemente, as companhias aéreas incorrem em custos mais elevados que não foram inicialmente previstos, impactando o seu desempenho financeiro.

Em meio a esses desafios, as companhias aéreas criticam publicamente a Boeing por suas falhas de segurança e atrasos na produção. Algumas transportadoras pretendem negociar melhores condições para grandes encomendas existentes, buscando penalidades e cancelamentos caso a Boeing não cumpra as suas obrigações contratuais. Resta saber como a Boeing responderá a essas demandas e como abordará as preocupações de suas companhias aéreas parceiras.


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