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Banco Central do Paquistão deverá manter taxa básica em meio à flexibilização da inflação

Considerações sobre inflação e opiniões de especialistas

Ali Farid Khwaja, cofundador da KTrade, argumentou contra um corte nas taxas, sugerindo que isso enviaria sinais errados ao FMI e indicaria uma falta de compromisso no controle da inflação.

Em contrapartida, Sami Tariq, chefe de pesquisa da Pak Kuwait Investment Company, esperava um corte de 50 pontos base, citando taxas de juros reais positivas em uma base prospectiva.

Antes do resgate do FMI, o Paquistão teve de implementar várias medidas, incluindo a revisão do seu orçamento, o aumento da taxa de juro de referência e o aumento dos preços da electricidade e do gás natural.

A taxa diretora foi aumentada em junho como parte de um programa de reformas que visa estabilizar a economia.

O FMI também mandatou o Paquistão para arrecadar US$ 1,34 bilhão em novos impostos para cumprir os ajustes fiscais, contribuindo para uma inflação recorde de 38% em maio.

Medidas do FMI e sentimento empresarial

As medidas exigidas pelo FMI tiveram um efeito atenuante sobre o sentimento empresarial, com as empresas agora defendendo um corte nas taxas.

No entanto, o analista económico e jornalista Khurram Husain argumentou contra tal medida, enfatizando a sua falta de justificação e a posição cautelosa do FMI.

No entanto, algum alívio poderá surgir no horizonte se a inflação continuar a diminuir conforme esperado.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF) projetou um declínio gradual da inflação para uma média de 24% no atual ano fiscal e 14% no ano fiscal de 2024/25, embora a desvalorização da rúpia, o aumento dos preços da energia e o aumento dos impostos pode compensar os ganhos decorrentes da queda dos preços das commodities.

A decisão sobre as taxas será a última sob o governo do primeiro-ministro interino, Anwaar ul Haq Kakar, já que o país está programado para realizar eleições em 8 de fevereiro.

Embora os governos provisórios tradicionalmente supervisionem as eleições, uma legislação recente concedeu ao governo de Kakar mais autoridade para tomar decisões políticas relativas a questões económicas.

Os analistas, no entanto, sustentam que o banco central opera de forma independente.

Esta legislação visa garantir o cumprimento das condições estabelecidas pelo acordo de resgate de junho.


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