Antecedentes e investigação do OFAC
A CoinList, uma conhecida bolsa de criptomoedas que opera nos Estados Unidos, chegou a um acordo de US$ 1,2 milhão com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro em resposta a acusações de violação dos regulamentos de sanções. A OFAC divulgou em 13 de dezembro que a CoinList processou 989 transações para usuários localizados na Crimeia, uma região atualmente sob ocupação russa, de abril de 2020 a maio de 2022.
Violações e conclusões do OFAC
A CoinList abriu 89 contas para clientes que alegaram residir na Rússia, mas cada um deles forneceu endereços na Crimeia. A OFAC concluiu que a CoinList deveria saber que essas transações estavam relacionadas com a Crimeia, apoiando assim indiretamente a região, violando as sanções dos EUA.
OFAC reconheceu a cooperação da CoinList durante a investigação e observou que o volume de transações que violam sanções era apenas uma pequena parte do volume geral de transações da bolsa.
Em 2014, após a anexação da Crimeia pelas forças russas, os Estados Unidos implementaram sanções na região sob a administração Obama. As supostas violações da CoinList ocorreram entre abril de 2020 e maio de 2022, período em que essas sanções estavam em vigor.
Vale a pena mencionar que, em Maio do mesmo ano, a Poloniex concordou em pagar um acordo substancial de 7,6 milhões de dólares por mais de 65.000 aparentes violações de sanções, incluindo as relacionadas com a Crimeia. Além disso, a Binance, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, enfrentou um acordo significativo de US$ 4,3 bilhões com autoridades dos EUA. Este acordo abrangeu alegações de lavagem de dinheiro, fraude e aparentes violações dos regulamentos de sanções.
Ao abordar suas violações e chegar a um acordo com a OFAC, a CoinList pretende superar esse incidente e se concentrar em manter a conformidade dentro da estrutura regulatória enquanto conduz suas operações de troca de criptomoedas.