Inflação na África do Sul deverá diminuir:
De acordo com uma recente sondagem da Reuters a 19 economistas realizada entre 6 e 12 de Dezembro, a inflação na África do Sul deverá abrandar no próximo ano. Espera-se que a combinação de tendências globais que impactam o crescimento dos preços e o fraco consumo interno seja o catalisador para este declínio. As previsões medianas sugerem que a inflação, actualmente estimada em média de 5,8% este ano, cairá para 5,0% em 2022 e diminuirá ainda mais para 4,5% em 2025. É importante notar que este último valor se enquadra na zona de conforto do Banco Central da África do Sul de 3 %-6%.
Fatores que impulsionam a desinflação:
O economista-chefe do BNP Paribas, Jeffrey Schultz, destaca vários fatores que contribuem para a desinflação esperada no próximo ano. Schultz salienta que a redução dos estrangulamentos na oferta global, que têm empurrado para baixo os preços dos bens básicos em várias regiões, e os preços dos factores de produção internos que sofrem deflação desde Julho, deverão ter um impacto duradouro nos preços dos bens básicos. Ele também cita a falta de procura na economia sul-africana como prova da diminuição das pressões inflacionistas.
Cronograma previsto para redução da taxa de juros:
Relativamente ao momento do primeiro corte da taxa de juro por parte do Banco Central da África do Sul (SARB), a sondagem revela que a maioria dos entrevistados espera que o corte ocorra mais tarde e não mais cedo. Apenas dois em cada sete entrevistados sugerem um corte mais precoce nas taxas. Prevê-se que o SARB espere até Maio para implementar o corte, à medida que os decisores políticos navegam pelos potenciais riscos para a inflação e avaliam quando as principais economias implementarão reduções nas taxas de juro. Atualmente, a taxa repo é de 8,25%.
Projeções de crescimento econômico:
A previsão mediana para o crescimento económico da África do Sul em 2022 permanece inalterada em relação à sondagem do mês anterior, indicando uma taxa de expansão esperada de 1,3%. Isto é uma melhoria em relação ao crescimento estimado de 0,7% para este ano.